segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Embasamento teórico do AVA



Como trabalho da segunda unidade da cadeira, propomos então o ‘SMDTube’, um ambiente baseado no conhecido Youtube. O canal original em si é amplamente difundido e conhecido, e possui algumas possibilidades na área educacional que poderiam ser melhor adaptados. Não apresentamos uma reformulação, mas o utilizamos como ponto de partido para criar o novo AVA. Isso foi feito para facilitar a utilização do novo ambiente, pois já existe uma carga de conhecimento prévio, oriunda de todo o histórico do usuário com experiências anteriores seja com produtos similares ou com as percepções de mundo de modo geral. (Marin et al, 2010).
Bomfoco (2011) destaca que os objetivos dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem são maximizar as oportunidades de interação e aprendizagem e possibilitar o desenvolvimento de ações compartilhadas entre todos os participantes da iniciativa ou comunidade. Identificando a fraca interatividade do site (caracterizada principalmente por controlar a execução de um vídeo e os comentários que podem ser feitos sobre esses), acrescentamos ações e possibilidades de conteúdo para criar um ambiente novo com interações mais ricas.
O que vai identificar a troca de experiências entre alunos é a criação de perfis. Informações dos usuários serão apresentadas nesses com o objetivo de acompanhamento e estímulo. O acompanhamento será realizado por um professor e o estímulo à utilização continua do ambiente é feito com a utilização de  reforços positivos (presentes em jogos; um exemplo: as moedas recolhidas, como recompensa, em Plants vs Zombies; no nosso caso serão utilizados diamantes) e estatísticas que indicaram como o usuário se encontra na utilização do ambiente.
(Moreira et al, 2011) afirma que no sentido acadêmico, essas ferramentas (AVA’s) são ambientes que podem auxiliar os processos de aprendizagem pela Internet, por oferecer dispositivos que favorecem a interação, participação e discussões entre os envolvidos no sistema. Os principais dispositivos apresentados por nós são os fóruns, propostos por professores principalmente, e os vídeos (recurso oriundo do site original).  Os fóruns foram acrescentados para complementar a interatividade e reforçar a troca de conteúdos entre os usuários, incitando discussões e criando um aprendizado coletivo. 
A arquitetura da informação foi organizada para “conduzir facilmente o usuário à informação desejada, apresentar as informações de forma coesa e ter uma apresentação que seja agradável a quem vê” (Moreira, 2011). O design é clean para não retirar a atenção do conteúdo.
Nosso AVA se destina aos alunos e professores do curso de Sistemas e Mídias Digitais da UFC. Bomfoco (2011) também afirma que para planejar a interface é necessário um conhecimento real de quem irá utilizar o sistema.
Nos utilizamos, então, de nossa vivência para criar uma interface pensada para proporcionar ao usuário ou aluno uma interação humano-computador favorável à aprendizagem. E propomos interações simples para que o usuário possa agir de forma intuitiva.
Por se tratar de um sistema digital, seguimos a linha de avaliação educacional estabelecida por Silva (2002), com o intuito de tornar a experiência a mais agradável possível para tais fins. Portanto, foi necessário um estudo a cerca dos aspectos Ergonômicos, Pedagógicos e Comunicativos que melhor se adequariam a proposta de design.
Com relação ao aspecto Ergonômico podemos conferir que este garante que o usuário possa utilizar o “software educativo” com segurança, conforto e produtividade.  
- No que diz respeito à segurança vemos que a interação com o SMDTube é similar a utilização já com o próprio YouTube, portanto o usuário não terá a preocupação de aprender a interagir com um novo sistema, ele se utilizará dos seus conhecimentos prévios para garantir o uso satisfatório do produto que agora se apresenta em um design voltado para educação. Dessa forma, sua experiência vai ser de grande valia para evitar ou sair de possíveis erros que venham a acontecer na interação. 
- Conforto é a utilização do software com o mínino esforço físico e mental. Trata-se de um sistema intuitivo e de fácil manuseio. Podemos notar isto pela forma de interação a qual o usuário se utiliza para conseguir seu objetivo que é assistir aulas (selecionando-as) e expressar seu senso crítico (digitando).
Com relação ao aspecto Pedagógico podemos verificar como sendo a utilização de uma boa estratégia didática de apresentação da informação, garantindo um bom desempenho para as atividades cognitivas a fim de assegurar a coerência entre o objetivo educacional e o perfil do usuário. - Nosso objetivo foi tentar fazer com que o aluno pudesse, também, contribuir para o seu aprendizado e o aprendizado dos demais envolvidos, para tanto é necessário motivá-lo para que o mesmo possa contribuir, por exemplo, em uma postagem com sua visão crítica ou disponibilizando um vídeo de sua própria autoria, estes são alguns aspectos, outros são: Utilização do reforço positivo e hiperlink para mais informações.
Já os aspectos comunicativos fazem com que os objetivos midiáticos sejam eficazes do ponto de vista de interação e qualidade da informação. - Os objetivos se tornam claros e eficazes a partir do momento que existe o interesse do usuário em participar; Por exemplo, muitas vezes é necessário apenas um pequeno trecho de um vídeo para ocasionar um bom debate entre os envolvidos no sistema. Ou seja, há casos em que o vídeo não necessita ser o mais elaborado de todos, porém é imprescindível que haja uma idéia por trás para que aja troca de experiências. Porém, é claro que quando se trata, por exemplo, de um tutorial para auxiliar o aluno a manipular um software qualquer, é ideal que a informação esteja em boa qualidade técnica.

Referência bibliográficas:
- BOMFOCO, MARCO A. A importância da interface na modelagem do AVA e suas consequências no processo de aprendizagem. Maio 30, 2011. Disponível em:http://marcobomfoco.blogspot.com/2011/05/importancia-da-interface-na-modelagem.html Acessado em: 07/10/2011
- MOREIRA, JONATHAN R. Usabilidade, Acessibilidade e Educação a Distância. Março/2011. Disponível em:http://www.abed.org.br/congresso2011/cd/13.pdf. Acessado: 07/10/2011
- SILVA, C. R. O. MAEP: um método ergopedagógico interativo de avaliação para produtos educacionais informatizados. Florianópolis, 2002. 224 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) -Universidade Federal de Santa Catarina.

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